Pavê de panetone (Pavetone)

É impressionante a quantidade de panetones que sobram do Natal. Em diversos supermercados a mesma oferta: 2 pelo preço de 1. Isso sem contar os que ficaram sem abrir nas festas de Natal. Lembrando que gosto de molhar o panetone no café, ou em Vinsanto (vinho italiano de sobremesa), pensei em criar uma receita mais elaborada com esses ingredientes.

Substitui o Vinsanto (que é difícil de se encontrar no Brasil) por rum. A origem do panetone é da cidade de Milão e a história da criação da receita tem pelo menos 3 versões; duas delas baseadas em histórias de amor. A mais conhecida é aquela em que um jovem milanês se apaixona pela filha de um padeiro chamado Toni. Para conquistá-la, emprega-se como ajudante na padaria e cria essa receita de pão, que acaba tendo um formato de cúpula de igreja e sabor inusitado. A iguaria torna a padaria tão popular que recebe o nome do padeiro “o pão de Toni”, daí “panetone”. Essa versão romântico-marqueteira não me convence muito, mas vai saber…

Outra versão é que foi criada por Gian Galeazzo Visconti, primeiro duque de Milão, que era também pasticciere. Inventou a iguaria para uma festa em 1395. Estranho, um duque fazendo pão?

Outra delas conta que um rapaz chamado Ughetto se empregou em uma padaria, para estar perto da filha do padeiro chamada Adalgisa, pela qual morria de amores. Alí teria inventado o panetone entre 1300 e 1400. Contente com o sucesso do pão/bolo, o padeiro consentiu que ele se casasse com a filha Adalgisa. Espero que tenham sido felizes para sempre, afinal deixaram essa herança tão deliciosa para humanidade. Enfim, acho muita graça nessas “lendas” italianas de criação. Sempre tem comida, amor e Igreja no meio. A Santíssima Trindade dos costumes italianos.

Mas voltando a nossa receita, o tal do Pavê fica bom mesmo. Para consumo interno ou como sobremesa para convidados. E você pode variar fazendo o creme com chocolate branco ou cobrir com raspas de chocolate.