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O café da Índia – Descoberta de uma peregrinação

Em peregrinação à Meca, um indiano conheceu o café e contrabandeou 7 grãos para a Índia.

Sempre me interessei sobre como o café chegou em cada país e como a planta se adaptou. Coincidência ou não, tem sempre uma “mãozinha” de algum religioso no processo de descoberta dos usos do grão e popularização de seu consumo. Este foi o caso lá na Etiópia, com o pastor Kaldi, quem levou o café para seus amigos monges estudarem seu uso. No caso da Venezuela, foram missionários espanhóis que cultivaram a planta. No Brasil foi um pouco diferente, o grão chegou em nossas terras clandestinamente. Isso não poderia ser diferente na Índia também.

A sabedoria popular indiana diz sobre uma peregrinação à Meca no século XVI, um homem muçulmano santo indiano chamado babá Budan descobriu as maravilhas do café. Para compartilhar o seu achado com seus companheiros, ele contrabandeou sete grãos de café em sua barriga no porto iemenita em Meca. Quando de lá retornou, estabeleceu-se nas alturas dos montes de Chandragiri no distrito de Kadur, estado de Mysore (atual Karnataka). Esta parte do monte foi nomeada mais tarde como: Budan do babá. Até hoje estas inscrições podem ser vistas em seu túmulo que fica em Chikmagalur.

Edward Terry, capelão do embaixador na época do imperador Jehangir, fornece uma descrição detalhada do seu uso (1616): “Muita gente na Índia (estritos em sua religião), não bebem nenhum tipo de vinho; mas usam um licor agradável, chamam o café; feito por uma semente preta fervida na água, que a transforma quase na bebida de mesma cor, muito pouco altera o gosto da água, muito bom para ajudar a digestão, espanta os espírito, e limpa o sangue.”

David Burton, um historiador de alimentos que morava na Nova Zelândia, escreve em seu livro The Raj at Table (1993): “A primeira casa de café foi aberta em Calcutá após a batalha de Plassey em 1780. Logo após, John Jackson e Cottrell Barrett abriram a casa de café original de Madras, que foi seguida em 1792 pela taberna do café. O proprietário empreendedor anunciou que sua casa ia funcionar nas mesmas linhas que Lloyd’s em Londres, mantendo um registro da chegada e da partida dos navios, e oferecendo jornais indianos e europeus para seus clientes.”

Outras casas também ofereceram o uso livre de mesas de bilhar, recuperando seus custos com o preço elevado de uma rupia para uma única dose de café. O café filtrado indiano transformou-se em bebida de milhões de pessoas após o sucesso de uma das casas de café indianas mais populares nos anos 50. Podemos ler esta história no livro Coffee Housinte Katha de Nadakkal Parameswaran Pillai.

A produção cafeeira nos dias de hoje
As exportações de café da Índia em 2010 saltaram 56% em relação ao ano anterior, atingindo uma máxima histórica de 292.550 toneladas. Este crescimento se deve basicamente à melhora da produção e à firme demanda externa.

De acordo com o conselho da Índia, os embarques de café arábica subiram 71,4% em 2010 (aumentou para 51.398 toneladas), enquanto os de robusta aumentaram 63,2% no mesmo período (crescimento para 157.006 toneladas).

Atualmente, a Índia exporta cerca de dois terços da produção doméstica. Itália, Rússia, Alemanha e Bélgica respondem juntos por mais de 50% dos embarques indianos.

Fonte: As informações são da Dow Jones.

Curioso em conhecer outros produtores de café?
Explore nosso mapa e clique no país desejado para saber suas peculiariedades na produção de café.

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Mundo do café

Kaapi: o café filtrado da Índia

5.091 respostas para “O café da Índia – Descoberta de uma peregrinação”

  1. Coaffee disse:

    Belo e magnífico site, parabéns.
    Temos um blog sobre Cafeterias:
    http://coaffee.blogspot.com

    Postamos o "mexido de ideias" em nossos links recomendáveis.

    Abraços equipe Coaffee.

    • kellystein disse:

      Obrigada equipe Coaffee!!
      Seu site também é bastante interessante, estamos acompanhando sempre seus conteúdos também 😉
      Tudo em nome de uma boa xícara de café!!
      Abraços,
      Mexido de Ideias

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