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O café e o progresso

Independência ou morte!” A frase foi dita por D. Pedro I neste mesmo 7 de setembro, há quase 200 anos atrás, declarando o País independente da colônia portuguesa. O melhor jeito para celebrarmos o Dia da Independência do Brasil é entendendo a relação entre o café e o progresso da nação. Você pode nem imaginar, mas a chegada do grão em terras tupiniquins desencadeou processos de desenvolvimento e aumento da riqueza brasileira, sendo até chamado de “ouro verde”.

Após o desembarque das primeiras mudas da planta no Brasil, o cultivo do café começou a se espalhar pela baixada fluminense e pelo interior paulista. Ele logo se tornou o principal produto comercial das regiões. Com o grão cada vez mais longe do litoral, surgiu a carência por um meio de transporte mais efetivo, rápido, seguro, barato e que auxiliasse a produção cafeeira: os trens e ferrovias.

A maioria dessas rotas (estradas de Mogiana, Paulista e de Sorocaba) foi construída com o capital vindo do comércio do grão, segundo o Arquivo do Estado de São Paulo: “Até 1890, o café era quem ditava o traçado das ferrovias, que eram vistas apenas como auxiliadoras da produção cafeeira. Após esse período, há uma inversão nessa ordem e as estradas de ferro agora passam a ser construídas tendo a função de abrir novas áreas para a expansão agrícola, principalmente do café”.

Outro ponto importante foi a urbanização do País, como destaca o mestre em História Rainer Sousa neste link. Foram criados cerca de 41 municípios. “A adoção da mão-de-obra assalariada e o grande acúmulo de capital obtido com a venda do café possibilitaram o investimento em infraestrutura e o nascimento de novos setores de investimento econômico, no comércio e nas indústrias”.

Segundo a Secretária de Turismo de São Paulo, esse lucro foi refletido nas “elegantes mansões dos barões fazendeiros, nas grandes construções urbanas, na difusão das artes e na importação da cultura europeia, nos teatros erguidos na capital e nas novas cidades do interior paulista”.

Neste ponto, se destaca a construção da Bolsa do Café, que, segundo o site do Museu do Café, foi feita “para assumir o desejo em edificar um monumento ao capital cafeeiro”. O prédio existe até hoje e é a casa do Museu, prova de que vivemos, até os dias atuais, as consequências da economia cafeeira do Brasil de ontem.

Parabéns ao Brasil por mais um ano de independência! Celebremos com café, então.

Imagens: Wikipédia e Portal do Governo de SP

Por: Lucas Tavares

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