Crême Brûlée com café

A grande virtude do creme brulée é a brincadeira de quebrar a casquinha crocante do açúcar caramelizado feito gelo em cima de um lago. Atravessar heroicamente a dura camada com a colher e encontrar o creme. Saborear a textura aveludada com a crocância da casquinha de açúcar não tem preço!

A autoria da receita é disputada por franceses, espanhóis e ingleses. Mas vamos dar o crédito aos franceses, afinal, o nome consagrado é decididamente francês: creme brûlée (que na tradução, significa creme queimado), com direito a todos os acentos que a língua emprega.

O primeiro registro da receita encontra-se no livro de François Massialot de 1691, cozinheiro de Felipe de Orleans. Hoje é fartamente encontrada no cardápio de muitos restaurantes europeus. Essa, do post de hoje, saboreei num pequeno restaurante na região da Toscana usando expresso no creme e pó de café na superfície por baixo do caramelo de açúcar.

Os italianos adoram agregar ingredientes queridinhos em receitas consagradas e, como sabemos, eles são grandes amantes do café. Os franceses que me desculpem, mas acho que lá estava o tantinho de sabor que faltava para mim na monótona receita original, o café. Vamos apostar?