Receitas

Café com Rapadura

Foi no “Manifesto Pau Brasil” que Oswald de Andrade levantava a bandeira de que a poesia brasileira deveria ser: ágil e cândida, a volta do sentido puro. “Aprendi com meu filho de dez anos/Que a poesia é a descoberta/Das coisas que eu nunca vi.”

Enquanto degustava um café 3 corações na “Casa da Folha” (montada perto da tenda dos autores na Flip em Paraty) e esperava a próxima palestra, uma amiga apareceu com um brilhante pedaço de rapadura, que comprou numa banquinha próxima á Igreja da Matriz. Uma pedra preciosa nesse feliz encontro.

Tomamos mais um café, acompanhado da brilhante rapadura, olhando para o rio e entregues às profundas reflexões sobre Oswald de Andrade: o homenageado desse ano. Sua irreverência e a reverência ao puro sentido da alegria tão bem impressa no “Manifesto da Poesia Pau Brasil”, nos convidava a olhar com olhos livres a alegria dos que não sabem e descobrem. Compartilho essa deliciosa combinação café/rapadura e “relicário” com um dos versos do livro de poesias “Pau Brasil”. “No baile da Corte/Foi o Conde D’eu quem disse/Pra dona Benvinda/Que farinha de Suruí/Pinga de Parati/Fumo de Baependi/É comê bebê pitá e caí.”

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