A referência ao kvass sempre me intrigou nas páginas dos romances russos. Tolstói, Dostoévsky e Tcheckhov mencionam a bebida sendo consumida em situações triviais, algo como nossa cerveja. Eu nem imaginava do que era feita. Descobri a receita quando foi mencionada na Gazeta Russa que a Folha de São Paulo publica mensalmente. Atualmente, esta bebida, preparada de forma artesanal pelos russos desde tempos remotos, pode ser encontrada engarrafada e industrializada em muitos países eslavos.

Não deixa de ser um “pão líquido” como chamamos carinhosamente nossa cerveja. Afinal, trigo integral, centeio ou cevada são farinhas de sacos bem semelhantes. Testei a receita movida pela curiosidade, mas também para aproveitar as sobras de pão. É uma bebida estranha, mas eu estava louca para descobrir como os personagens dos romances russos matavam a sede!

O processo de fermentação é demorado e é necessário controlar bem todas as etapas. No final do texto da receita impressa na Gazeta Russa, a redatora nos instigava a misturar nossos ingredientes preferidos. “Sinta-se à vontade para brincar com os ingredientes até atingir um sabor que agrade seu paladar. Acrescentar um pouco de gengibre e raspas de limão deu ao meu kvass um gostinho particular. Tente descobrir o seu!”, foi aí que resolvi introduzir o café. O resultado? Só experimentando!

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