Receitas

Merengue de banana com café

Suspiro, merengue, Pavlova… são tantas palavras para representar sabores semelhantes. Não sei quem nasceu primeiro, mas suspeito que tenha sido o suspiro. Talvez não com o status de doce e nem com esse nome, mas como a matéria prima para o merengue e para a Pavlova.

Certamente bater claras, adicionar açúcar e colocar no forno deve ter sido invenção de alguma freira ou padre num convento além do Tejo, no sec XVI. A receita da Pavlova, homenagem a bailarina russa Anna Pavlova, foi criada por um chef neozelandês durante sua apresentação em Wellington em 1920. Levando frutas, entre outros ingredientes, é praticada em diversas variações até hoje. Merengue, que lembro tão bem da infância, era uma enorme bola de suspiro cortado e recheado ao meio com chantili. Dois tons de branco: um mais amarelado do chantili, outro mais azulado do suspiro. Com o deslizar de dentes, a mordida naquele sabor açucarado ia ficando mais macio quando a língua atingia o chantili. Ele normalmente chegava pelas mãos de meu pai num embrulho da Doceria Dulca, que era trazido cuidadosamente. Só de lembrar, já inunda meu paladar de desejo!

Papai colocava a bandeja na mesa e lá íamos nós, minhas irmãs e eu, render graças àquela divina oferenda. Quando desembrulhávamos e tirávamos com cuidado as tiras de papelão que garantiam a inviolabilidade da superfície dos doces, despontavam quindins com sua superfície amarela espelhada, as bombas de chocolate, os sonhos e o merengue. Sob o olhar meio contrariado de minha mãe, nos deliciávamos.

Enfim, as claras em neve com açúcar são coadjuvantes perfeitos para sobremesas e também irresistíveis atores principais. Com café e banana orquestram uma grande composição!

 

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