A idéia de experimentar a canjica para o preparo dessa receita veio da popular bebida mexicana Atole, que costuma acompanhar os tamales (prato que lembra nossa pamonha, podendo ser doce ou salgada). De origem pré–hispânica, ela é servida normalmente quente. Como é verão, experimentei a versão gelada e achei perfeita!

No Brasil, esse milho de canjica se popularizou no Nordeste principalmente durante as festas juninas. Vindo das Américas após o descobrimento, teve nas mãos portuguesas seu melhor aproveitamento. “No mais o milho continuava, numa subalternidade visível; proveitoso para os escravos da Guiné e índios, cavalos, criação de aves e galinhas (…). O bolo seria por mão portuguesa. Antes era uma espécie de angu, mingau espesso mais bebido que mastigado.” História da Culinária no Brasil, Luis da Câmara Cascudo. Essa espécie de angu a que se refere Cascudo provavelmente foi o ancestral da receita que é feita até hoje. É comum, mesmo atualmente, o banho de canjica para prover a sorte, ritual provavelmente originário do candomblé. Enfim, de toda essa miscelânea de informações decidi criar a bebida. Adorei! As 24 horas de molho com especiarias são essenciais para se obter o sabor necessário. E como já repeti nas dicas anteriores, escolha as de sua preferência.

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