Minha recente viagem à Itália me inspirou muito e agora apresento mais uma receita tradicional do país: a polenta. Dei o nome de polenta Toscana por ter a lingüiça Toscana como ingrediente. Se compararmos com o que temos aqui no Brasil, ela é mais leve e adocicada que a lingüiça calabresa.

Outra coisa bacana é como o mesmo produto pode mudar tanto, dependendo do local de produção. Os embutidos italianos originais, por exemplo, são feitos com carne suína como aqui, mas são muito diferentes dos produtos que encontramos no mercado brasileiro. Provavelmente essa versão nacional tomou o nome de Toscana por não ter grandes quantidades de especiarias e pimenta, como a versão brasileira da calabresa. A culinária Toscana é muito delicada e simples. Sua prioridade é valorizar o sabor de cada elemento e, por isso, não abusa dos temperos. Bem diferente dos irmãos calabreses, que usam e abusam da pimenta e das especiarias.

Outro fato curioso é que os Toscanos não usam orégano em suas receitas, especiaria que é indispensável na Região da Calábria. No Brasil, a culinária italiana se espalhou de modo indiscriminado e misturou ingredientes que em algumas regiões da Itália são considerados sacrilégios! Um ganho para nós brasileiros. Com a polenta aconteceu algo semelhante. Na Itália se usa o fubá grosso e em algumas regiões ela é desinformada da panela e cortada com linha de costura. Na Toscana ela é preparada na versão cremosa, misturada a “cavolo nero” (um vegetal de folhas escuras muito usado no inverno).

Voltando à minha receita brasileiríssima, ela é um bom “ás na manga”. Você pode ter esse molho pronto e congelado na geladeira, preparar a polenta na hora e terá uma receita fresquíssima com pouco tempo de preparo. Prático e rápido como a cozinha deve ser!

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