Shake de amendoim

“Mason Jar” é o nome pomposo para aquele pote de conservas que, às vezes, alguns personagens de filmes americanos aparecem usando como copos. A cena sempre me causou estranheza. Não deve ser muito confortável sorver líquidos naquela borda com as saliências da rosca. Porém, este é um hábito recorrente principalmente nas zonas rurais dos Estados Unidos.

Para obter respostas satisfatórias sobre assuntos aleatórios da cultura americana, fui consultar meu Google privativo: meu filho Gabriel e sua esposa Melissa, que tem ancestrais na zona rural de Chicago. Esta dupla é mais fértil em respostas que o próprio GOOGLE. O criador desse do pote, John Landis Mason, daí o nome, patenteou o invento em 1858 e seu invento facilitou a conservação das compotas de frutas e legumes. Ele fecha o vidro hermeticamente com uma borracha por dentro da tampa e evita a entrada de ar. Imagino que essa criação tenha sido revolucionária para conservar alimentos, principalmente durante o inverno. Talvez, por isso, o objeto tenha se transformado em um artigo cult com múltiplas utilizações. Tanto, que chegou a mostrar os personagens dos filmes, como mencionei no começo deste post, tenham origem rural ou cultuem o pote.

Não é só uma questão de economia, como quando reutilizamos copos de requeijão! A coisa vai além. Acho que já comporta tratados de semiótica dada a quantidade de imagens que encontrei para as reutilizações. Mas nem só de cultura inútil vive Stela Morato. Quando preparei o shake, resolvi colocá-lo num pote de geléia que estava num cantinho da minha contra regras e descobri mais uma utilidade para o tataraneto do Mason Jar. Prepare o shake, coloque num pote de geléia bem desinfetado com uma boa tampa e leve a bebida pra onde quiser. Na hora de tomar, é só chacoalhar bem ainda tampado… é claro! Depois, deguste o delicioso shake nessa dobradinha meio tupiniquim de cappuccino e paçoca.